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quarta-feira, 29 de abril de 2009

"OFICIAL QUE VENDEU CARRO A UM CABO É INVESTIGADO NA 1ª DPJM"


Será mesmo que a PM faz diferença entre praças e oficiais?
Rio de Janeiro, 22 de março de 2009.*Oficial vende carro roubado para cabo da PM Um oficial da PM está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar por ter vendido um Pajero cinza que foi furtado em frente ao Hotel Glória. O dono do veículo. Karl Rudolf Winkelmuller, deixou o carro parado no local por quatro meses e, quando retornou, foi avisado por um chaveiro que dois PMs o pediram para arrombar o carro para averiguação. O rapaz\ se recusou a fazer o serviço e conseguiu avisar o proprietário. Não adiantou muito. Um tempo depois o veículo sumiu.Dois meses depois do desaparecimento do carro, Karl reconheceu sua Pajero estacionada no pátio do 22º BPM (Maré), quando passava pela linha vermelha. Em depoimento na 1ª DPJM, Karl contou que foi ao batalhão, mostrou os documentos provando que era o dono do veículo e foi apresentado ao cabo Leonardo Vinício Affonso, que comprou o veículo por R$7.500,00. Nervoso o policial retirou objetos pessoais do carro e entregou as chaves ao verdadeiro dono.Na ocasião, junto com as chaves, Leonardo ainda entregou R$1.900,00 a Karl como indenização por eventuais infrações de trânsito cometidas por ele. O cabo ainda reclamou com Karl que perdeu dinheiro, já que pagou pelo veículo sabendo que o carro possuía dívida de R$16,5 mil, trocou o sistema de freios e instalou um kit para conversão de gás.Após o depoimento de Karl, em dezembro, a 1ª DPJM instaurou um inquérito policial-militar para aprofundar a investigação de prevaricação, apropriação de bem alheio, negociata com veículo, descumprimento de normas internas da corporação, estacionamento de veículos particulares em interior de batalhão e ocultação de fatos.**Não vim aqui fazer essa postagem para entrar em méritos de quem está errado, certo ou de quem é o ladrão. Não me cabe verificar, analisar ou determinar até que ponto o cabo errou ao adquirir um veículo barateado por dívidas. O que realmente me chamou atenção na notícia foi o corporativismo. O nome do proprietário do carro foi divulgado, o nome do cabo que comprou o veículo acreditando estar fazendo um bom negócio, também, mas cadê o nome do oficial que vendeu o carro ao cabo? Porque não divulgaram o nome do suspeito do furto e nem seu grau de envolvimento no caso? Suspeito de furto sim, pois se ele vendeu o veículo ao cabo, em algum momento até ocorrer a compra pelo cabo houve o furto, então no mínimo o Sr Oficial de Sei-lá-qual-patente foi o receptador, não o estou acusando de ter furtado o veículo. Não estou aqui para recriminar, acusar, ofender ou quaisquer outros atos que possam denegrir a imagem pública de membros da PMERJ, mas me indignou a injustiça e a desigualdade; se o nome do cabo pode ser exposto e arrastado na lama sem que se prove sua culpa, porque não se faz o mesmo com o oficial? Ou melhor, se é possível proteger o nome do oficial para que não seja denegrida a sua imagem, porque não se fazer o mesmo com o cabo?Meu domingo não começou bem! Afinal, fico muito aborrecida e triste ao ver que os graduados da corporação continuam sendo tratados como lixo, como coisa qualquer e sem importância, a ponto de não terem sequer respeitados os direitos legais de presunção de inocência!

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