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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"ENTREVISTA COM COMANDANTE GERAL MOSTRA QUE AINDA HÁ DIFERENÇAS QUE NÃO DEIXARÃO DE EXISTIR NA PMERJ"

Mário Sérgio Duarte: 'Queremos menos papel e mais ação

Aumentar o rigor contra os desvios de conduta está nos planos do comandante-geral da PM

Rio - Aumentar o rigor contra os desvios de conduta está nos planos do comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, como uma das principais estratégias para 2010. O oficial aposta em um projeto revolucionário para a Corregedoria da corporação.

A meta é investir R$ 1 milhão na compra de equipamentos, como máquinas fotográficas e filmadoras, na capacitação de profissionais e no trabalho em inquéritos militares com o auxílio de escutas telefônicas. “Queremos os agentes nas ruas”, avisa. O comandante trata ainda as Unidades de Polícia de Pacificação (UPPs) como a melhor solução para retomar os territórios dominados pelo tráfico. Em entrevista a O DIA, o oficial ainda projeta como pode ser a UPP do Complexo do Alemão, na Penha, e anuncia investimentos na compra de armamento e construção de mais um hospital na Zona Oeste. Há cinco meses à frente da corporação, Mário Sérgio faz um balanço de sua gestão.
O DIA: Nos últimos cinco meses, dois casos envolvendo policiais militares chocaram a população. Em um, um músico do AfroReggae morreu, e em outro, uma vendedora sobreviveu mesmo depois de ter levado um tiro de fuzil de PM que exigia dinheiro. Como reverter esse quadro na PM?
Mário Sérgio Duarte: Foi a PM que prendeu os dois policiais que agiram contra a vítima de extorsão. Isso é banditismo, uma situação vergonhosa. Por sorte, nós temos uma legislação contra desvio de conduta, e o comandante tem força para prender sem que juiz algum tenha expedido mandado de prisão. Isso nós dá celeridade, pois ele poderia fugir. Quando você pergunta como homens são capazes de fazer isso, vou ter que perguntar para Deus, a criação é Dele. Mas a corrupção é um desafio que tem que ser enfrentado pelo País. O criminoso sutil coloca o dinheiro na cueca, na meia. O traficante atravessa o fuzil. Mas os dois são criminosos.
Mas como enfrentar o desafio da corrupção dentro da corporação?
Queremos os agentes da Corregedoria nas ruas. Vamos mudar a cultura da burocracia. Investigação não pode ser burocrática. Temos que fazer um inquérito policial com escutas telefônicas, filmagens e fotografias. Infiltrar agentes onde for necessário. Para isso, vamos investir R$ 1 milhão em capacitação e equipamentos para a utilização dos policiais. Hoje, temos uns 500 homens e não há necessidade de dobrar o efetivo. Temos que romper com a cultura do ‘senta aqui, me conta o que você sabe’. Qualquer averiguação tem que ter 200 páginas. Queremos menos papel e mais ação. Os agentes da Corregedoria precisam estar nas ruas para observar o policial. O PM tem que saber que não pode errar, pois terá sempre alguém o observando.
O senhor pretende, então, transformar agentes em investigadores?
Sim. Vamos transformar policiais em investigadores e não em interrogadores dentro de escritórios. Até porque muitos policiais são expulsos da corporação disciplinarmente, mas foram absolvidos pela Justiça. A Corregedoria sempre foi entendida como um espaço jurídico, mas tem que ser entendida como um espaço policial. Além disso, queremos mais ações preventivas. Temos um programa sendo montado. E como as ações preventivas serão aplicadas?Vamos fazer a previsão de um sem-número de pequenos erros. Por exemplo, é muito comum o policial comprar carro usado. Na PM é difícil o policial comprar um zero. Eventualmente, ele compra um carro aparentemente regular, mas o veículo é irregular, produto de furto, teve o chassi remarcado, foi clonado. Tenho que fazer uma profilaxia disso. Não tenho que ficar só esperando o caso acontecer para expulsar o PM da corporação. A tropa tem que evitar o erro. A Corregedoria vai investigar a aquisição de veículos. Vamos dar um banho de conteúdo na Corregedoria da PM.
Enfrentar a corrupção dentro da corporação é um desafio. Fora dela, combater o tráfico ainda é a prioridade absoluta?
Sem as Unidades de Policiamento Pacificadoras (UPPs), não é possível conseguir inclusão social. Estudamos 100 favelas que são verdadeiramente problemáticas. Fizemos o trabalho com base na hierarquia do poder bélico, traficantes, capacidade de deslocamento e tamanho das regiões. Mas as UPPs não chegaram a áreas de grande conflito, como as da Zona Norte.
Há dois meses, por exemplo, um helicóptero foi abatido em confrontos de traficantes em Vila Isabel. O que falta para isso acontecer?
Tivemos uma série de eventos desde que assumimos que nos trouxeram inquietação. Porque a gente imagina que terá problemas, mas não tantos. O piloto, quando viu que a aeronave estava em chamas, adotou o procedimento correto. As UPPs, acredito, chegaram a pequenas favelas por questões de estratégia e pela questão do turismo regional. A área era rentável para o tráfico de drogas, mas foram isoladas.
O senhor acha que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) conseguiu tomar a Cidade de Deus?
É tempo de guerra e o Bope está em ação para trazer a paz. As apreensões na Cidade de Deus vão continuar. Mas a região já respira ares de liberdade. Mas o preço da liberdade é a eterna vigilância.
O Bope vai ficar na Cidade de Deus o tempo que for necessário. E a qual a próxima área beneficiada pela UPP?
Isso é uma decisão da Secretaria de Segurança. Não gosto de falar em tolerância zero, mas aonde há UPP não pode ter crime. A unidade representa o afastamento de bandidos e acaba com a exposição de armas. O Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) não conseguiu isso. A gente tinha Gpae no Cantagalo e Pavão-Pavãozinho e as pessoas de baixo fotografavam os traficantes transitando. Nós não queremos que a UPP seja agência reguladora do tráfico, como o Gpae estava sendo.
Há um ano, a PM não entra no Complexo do Alemão. Há informações de que bandidos expulsos da Zona Sul tenham buscado refúgio naquela região. De forma hipotética, como seria a estratégia de ocupação para instalar uma UPP naquela área?
Se todos estão indo para um lugar só, ótimo, uma hora eles não vão escapar. Serão capturados pela polícia. Uma UPP no Complexo do Alemão vai exigir muito mais tempo de ação do Bope, do Batalhão de Choque e outras forças repressivas. Nós não podemos esperar que no Complexo do Alemão a gente vá consolidar a instalação em semanas. Existe toda uma estrutura de poder montada naquele local. Hoje, entrar no Alemão apenas para apreender armas e drogas não é a melhor alternativa. A gente pode entrar lá a qualquer momento, mas estamos preparando a melhor forma de fazer isso. Não adianta entrar e sair.
O cerco ao tráfico no Rio também tem forçado os traficantes a ir para Baixada, São Gonçalo, Niterói e Interior. Qual o planejamento de reforço de policiamento nessas regiões?
A rigor, essas áreas sempre estiveram ligadas aos criminosos do Rio. O traficante do Alemão Antônio José de Souza Ferreira, o Tota, era de Niterói. Mas a PM faz parte do sistema de inteligência do estado. Trocamos informações até com a Polícia Federal e outros órgãos. É comum que, quando se aperta o cerco no Rio, eles possam espirrar para outras áreas. Aí é monitoramento e ação, para que sejam presos e tirados de circulação. A Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada, está recebendo muitas ações policiais.
Mas a política de confronto com os traficantes tem encontrado resistência. A ONG Human Rights divulgou um relatório em que a Polícia do Rio aparece como a mais violenta do País. Como o senhor avalia essas críticas à polícia?
Eles chegam sedutores, fazendo crer que nós somos maus, e desprezam o outro lado da moeda. Não querem enxergar os fuzis na mão do tráfico. Olham para o traficante e enxergam a vítima, não o algoz do Estado. Tivemos um sargento do 22º BPM (Maré) morto na véspera da divulgação, mas eles não vão dar importância a isso, não vão contabilizar.
Mas como o número de autos de resistência pode ser reduzido?
O uso gradativo da força sempre foi orientação. Mas houve um momento de tantas mortes, que virou guerra particular. Só que, numa situação onde o traficante diz que vai atirar em você, armado e cheio de carregadores na mochila, não há tempo para fazer aqueles protocolos do Direito Comum. Ou seja: ‘Pare, renda-se, entregue a sua arma’. Quando o policial aparece, do outro lado já chove balas na direção dele.
E como o policial pode ser preparado para enfrentar esse tipo de situação? A PM pretende comprar mais armamento?
Ano que vem, vamos investir R$ 10 milhões na compra de pistolas calibre 40 e munição. Todo policial, a partir da graduação de cabo, vai ter uma arma da corporação com ele 24 horas. Desta forma, o policial não vai precisar comprar uma arma com seus recursos.
Qual o balanço que o senhor faz da sua gestão?
Já passamos por momentos muito difíceis. Mas estamos elaborando os nossos projetos. E mais, estamos interagindo com a Polícia Civil. Falo com o chefe da instituição, Allan Turnowski, pelo menos três vezes por dia. Isso é muito importante para a área de segurança. É a consolidação da integração entre as polícias.
E qual o próximo projeto importante da corporação para o ano que vem?
Vamos construir mais um hospital para a corporação na Zona Oeste. Fizemos um levantamento e vimos que a maioria dos policiais mora naquela região e na Baixada Fluminense. A construção de um hospital, que será no modelo das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), vai permitir um tratamento melhor para a tropa e desafogará o Hospital Central da PM, no Estácio. Na nova unidade, será feito o atendimento clínico e de microcirurgias aos policiais e seus dependentes. A meta é começar a obra no fim do ano que vem.
Como a Polícia Militar está se preparando para atuar na Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016?
Policiais do Bope já iniciaram a preparação para os eventos. Enviamos equipes para treinar com policiais de outros países. No início do ano, vamos estender os treinamentos à Companhia de Cães, ao Batalhão de Choque e ao Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM). Todo o nosso planejamento está sendo seguido à risca. São eventos que não estarão sob o meu comando, mas o trabalho tem que começar agora. A semente tem que ser plantada hoje. Tanto a Copa quanto as Olimpíadas são conquistas históricas para a cidade.

Vânia Cunha e Adriana Cruz

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

"O BLOG CONFESSIONÁRIO DE UM PM DESEJA A TODOS UM FELIZ NATAL"


Desejo a todos os nobres colegas de farda e a todo o público do meu blog um Feliz Natal!!!
Agradeço pela colaboração de todos em acompanhar o crescimento do blog na esfera policial. Quero pedir força aos colegas combatentes do dia-a-dia para não deixarem a peteca cair, pois sei que está difícil para a maior parte de nós, mas não podemos desanimar e contaminar com isso nossos lares... Esqueçamos hoje as difilculdades e que confraternizemos com nossos próximos em clima de fraternidade...
São os votos do amigo SD PM do RJ.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"APROVADA A PL 91/2009"



A PL 91 FOI VOTADA ONTEM E APROVADA!!! PARA ALÍVIO DE TODOS OS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO!!!


BOLSA FORMAÇÃO PL 91 (TRATA DA LIBERAÇÃO DE FUNDOS PARA MELHORIA DA FORMAÇÃO POLICIAL E MELHOR QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA NO PAÍS).



Dentro dos próximos dias o dinheiro já estará liberado e todos poderemos retirar a Bolsa Formação nas Agências da Caixa Econômica Federal.

domingo, 20 de dezembro de 2009

"MICHEL TEMER RECEBE DEFENSORES DA PEC 300/2008"




Presidente da Câmara afirmou que deve colocar a proposta em votação no mês de fevereiro.

Luiz Cruvinel
O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB/SP), recebeu na manhã desta quarta-feira (16/12), representantes de policiais militares de diversos estados e parlamentares defensores da Proposta de Emenda à Constituição 300/2008. A PEC equipara a remuneração dos policiais militares de todos os estados à remuneração recebida pela PM do Distrito Federal.
Os parlamentares entregaram ao presidente um requerimento assinado por 265 deputados solicitando a inclusão da proposta na pauta do plenário. Temer disse que não deve ser possível a votação da PEC 300/2008 na sessão desta quarta, em virtude da necessidade de conclusão da votação do projeto que estabelece o regime de partilha dos royalties devidos na exploração do petróleo da camada do pré-sal. "Acho difícil conseguir votar essa PEC hoje, mas se não for hoje, vamos incluí-la em fevereiro", afirmou Temer. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), autor da PEC, disse que vai continuar colhendo assinaturas de apoio até fevereiro.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

"ATÉ UM DETENTO TEM MELHOR REFEIÇÃO DO QUE A PMERJ, CBMERJ E PCERJ..."


Eu tenho apresentado notícias que recebo nesse espaço democrático com o objetivo de possibilitar o esclarecimentos dos fatos que circulam pela internet e que podem ser verdadeiros ou não.
Os dados que transcrevo a seguir seriam de uma licitação promovida pela Polícia Civil para aquisição de alimentação para pessoas detidas nas suas carceragens:

Nº Lote : 2.

Resumo do lote : Aquisição de refeições destinadas às pessoas detidas em instalações carcerárias da Polícia Civil.

LOTE 2

Situação do lote : ADJUDICADO.

Data/Hora : 23/10/2009 13:28:47:964.

Fornecedor vencedor : ALIMENTACAO (...)

LTDA ME.CNPJ : 06.(...).591/0001-70.

Nome Contato : DINEA (...).

Arrematado : R$ 15,67 p/refeição.Contratado :

R$ 626.173,20.Retirei alguns dados (...)


Para preservar os envolvidos.Se for verdade que o Estado do Rio de Janeiro está pagando R$ 15,67 por cada refeição servida a um detento, algo está muito errado.
Esse mesmo Rio de Janeiro paga R$ 176,00 por mês como auxílio alimentação para os Policiais Militares e para os Policiais Civis por 30 dias, o que equivale a R$ 5,86 por refeição ou se considerarmos apenas 22 dias úteis por mês, paga o equivalente a R$ 8,00 por refeição.
Isso significaria que os Policiais Militares e os Policiais Civis só poderiam fazer MEIA REFEIÇÃO DE DETENTO a cada dia.

Alguém saberia explicar essa matemática espetacular do governo Sérgio Cabral?